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Copom reduz taxa Selic para 11,75%, e dívida pública cai cerca de R$ 23 bilhões

14 de dezembro de 2023

Comitê de Política Monetária do BC divulgou novo patamar da taxa Selic na quarta-feira – Foto: Agência Brasil

Banco Central cortou pela quarta vez seguida a taxa básica de juros da economia

Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (13) reduzir a taxa básica de juros da economia brasileira, Selic, de 12,25% ao ano para 11,75% ao ano. O corte é o quarto seguido anunciado pelo órgão. Ele já era esperado por economistas.

Com o novo corte, a Selic retomou o patamar de maio de 2022. Economistas ligados a bancos esperam que ele esteja em 9,25 ao final de 2024 –mesmo patamar do fim de 2021.

A taxa Selic é uma espécie de referência para a economia nacional. Sua redução tende a baratear empréstimos e financiamentos, estimulando o crescimento da atividade econômica, a geração de empregos e renda. Seu corte é um pleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Sua elevação, por outro lado, retrai a atividade econômica e tende a frear o aumento da inflação. Em 2023, tudo indica que, mesmo com a queda da Selic, o Brasil vai conseguir cumprir sua meta de inflação após dois anos de descumprimentos.

O preço da cesta de produtos mais consumida no país subiu 0,28% em novembro. Com isso, a inflação acumula alta de 4,68% em 12 meses. Está, portanto, dentro da meta estabelecida para o ano: até 4,75%.

Dívida pública

A Selic também é usada para correção monetária da dívida pública do país. Seu corte em 0,5 deve gerar uma economia de R$ 23 bilhões no pagamento dessa dívida. O valor é equivalente ao dobro do orçamento deste ano do programa Minha Casa Minha Vida.

No último dia 6, o BC divulgou seu relatório mais atual sobre a situação fiscal do setor público brasileiro. Segundo o Banco Central (BC), só em outubro, o setor público – governo federal, regionais e estatais – gastou R$ 61,9 bilhões para pagar juros da dívida pública.

Nos 12 meses encerrados em outubro, foram R$ 720 bilhões – quase 25% a mais do que os R$ 573 bilhões gastos nos 12 meses anteriores.

De acordo com a proposta do governo para o Orçamento de 2024, quase metade de todos os recursos arrecadados pela União no ano que vem serão destinados a pagamento da dívida, juros e serviços financeiros.

Edição: Rebeca Cavalcante

Fonte: Brasil de Fato

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