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Nvidia continuará atuando no mercado chinês, segundo CEO da empresa

24 de abril de 2025

Créditos: Huawei Technologies

Após apresentar, na semana passada, um comunicado à Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) apontando que a guerra comercial dos Estados Unidos (EUA) custaria à Nvidia US$ 5,5 bilhões, e ter sido recebido pelos chineses para negociações, o cofundador e CEO da Nvidia, Jensen Huang, afirmou que continuará trabalhando com a China.

“As restrições aumentadas impactaram significativamente nossa empresa”, afirmou Huang à CCTV. “Cresci na China e vi como o país acompanhou nosso crescimento nos últimos 30 anos. Claro que é um mercado muito grande, e nossas interações e trabalho com empresas chinesas nos tornaram melhores. Continuaremos fazendo esforços significativos para otimizar nossos produtos de forma a cumprir os regulamentos e continuar atendendo o mercado chinês”, completou.

Segundo publicação do representante da Intel em Pequim nas redes sociais, William Huo, a mudança de postura do CEO da Nvidia foi uma das “mais inteligentes da tecnologia” no que diz respeito à geopolítica. “Jensen Huang acaba de executar uma das mudanças geopolíticas mais inteligentes da tecnologia moderna. Depois de ser criticado por Trump em um jantar com bife que ele pagou, ele voltou dizendo que ‘cresceu na China’. Não foi um erro. Foi uma jogada”, escreveu.

Huo segue explicando que Huang nasceu em Tainan, no Taiwan, e analisou que a mudança de posicionamento se deve à “humilhação” vivida pelo executivo após um jantar com o presidente dos EUA, Donald Trump.https://d-30477366361786489612.ampproject.net/2503242227001/frame.html

Pouco antes de afirmar o impacto de US$ 5,5 bi à SEC, a Nvidia também havia anunciado um investimento de US$ 500 bi em fábricas nos EUA, segundo a Casa Branca.

Valor de mercado

As big techs foram algumas das empresas mais afetadas pela guerra comercial entre EUA e China. Só a Nvidia já perdeu mais de US$ 270 bilhões em valor de mercado desde o anúncio das tarifas.

Entenda o caso

Apesar de se estender desde o primeiro mandato do presidente Donald Trump, a guerra comercial entre os EUA e a China teve início oficialmente em fevereiro deste ano, quando houve um anúncio de tarifas por parte dos EUA de 10% sobre produtos chineses, o que provocou uma retaliação chinesa que impôs barreiras em produtos importados dos EUA.

Contudo, a situação que mais chamou atenção ocorreu em 1º de abril, com o chamado “tarifaço” do Trump, onde ele anunciou uma série de aumentos de alíquotas de importação de produtos para diversos países, incluindo aliados comerciais. O país mais afetado foi a China, que teve suas exportações para os EUA taxadas em 154%. Em resposta, os chineses impuseram tarifas de volta e também realizaram a venda de títulos americanos, os quais detinham US$ 760 bilhões.

A situação causou comoção global, e até mesmo bilionários criticaram Trump abertamente pelo tarifaço, como Bill Ackman, Boaz Weinstein, Daniel Loeb, Ken Fisher. Houve manifestações contrárias da parte dos bilionários brasileiros, como Jorge Paulo Lemann e André Esteves.

Na última terça-feira (22), o presidente dos EUA, Donald Trump, recuou e afirmou que reduziria as tarifas da China.

FONTE: REVISTA FÓRUM

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