ChatGPT vs. Deepseek: OpenAI acusa chineses de roubarem dados roubados
IMAGEM: REPRODUÇÃO
Empresa de Sam Altman é acusada de hipocrisia por usuários e veículos especializados
A OpenAI, empresa por trás do ChatGPT, acusou a startup chinesa DeepSeek de utilizar técnicas de “destilação” para extrair dados de seus modelos e treinar seus próprios sistemas de inteligência artificial.
A alegação, divulgada nesta quarta-feira (29), gerou reações irônicas na internet, já que a OpenAI é conhecida por ter construído seus modelos a partir do raspagem de dados da internet sem consentimento explícito e com conteúdos protegidos por direitos autorais.
Segundo a OpenAI, a DeepSeek, start-up da China que vem ganhando destaque por oferecer soluções de IA mais acessíveis, baratas e eficientes, pode ter usado a API da OpenAI para integrar seus modelos aos sistemas da empresa chinesa.
A técnica de destilação, embora comum no desenvolvimento de IA, é apontada pela OpenAI como uma violação de seus termos de serviço. A empresa afirma ter “evidências sólidas” do uso indevido, mas não divulgou detalhes específicos.
A ironia da situação não passou despercebida. A OpenAI, que enfrenta críticas e processos por usar dados protegidos por direitos autorais para treinar seus modelos, agora se posiciona como defensora da propriedade intelectual.
“A situação assume um tom irônico, já que a própria OpenAI fez avanços significativos ao coletar dados da internet sem consentimento explícito”, destacou o Firstpost, veículo especializado dos EUA.
David Sacks, ex-assessor de IA do governo Trump, sugeriu que as ações da DeepSeek podem configurar “roubo de propriedade intelectual”.
A disputa ocorre em um momento de crescente tensão entre empresas de IA dos EUA e da China, com a OpenAI afirmando que empresas chinesas estão frequentemente tentando “reverter engenharia” de modelos americanos. A empresa disse estar trabalhando com o governo dos EUA para proteger sua tecnologia.
FONTE: REVISTA FÓRUM