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Supercomputador brasileiro é listado entre os 50 mais rápidos do mundo

6 de janeiro de 2025

Base de supercomputador. Créditos: free source

Usado durante a pandemia de COVID-19 para estudos de fármacos e bases moleculares, o supercomputador brasileiro ocupa, hoje, a posição 39 da lista mundial, e é considerado o mais eficiente de toda a América Latina

Supercomputadores são sistemas de computação de altíssima performance, projetados para executar tarefas e cálculos matemáticos complexos, que exigem um grande poder de processamento.

Essas máquinas têm, portanto, unidades gráficas de processamento com milhares — e até milhões — de núcleos, que trabalham em velocidades muito superiores às de computadores comuns de uso pessoal.

O supercomputador mais rápido do mundo, Frontier, realiza até 1,102 quintilhões de operações de ponto flutuante por segundo, e o quinto mais rápido do mundo tem sido usado para “descobrir” novas reservas de petróleo e gás natural a partir de uma grande quantidade de dados geológicos com que é alimentado e que então processa de maneira complexa.

Mas você sabia que o Brasil também tem um supercomputador?

O supercomputador brasileiro está entre os 100 mais poderosos do mundo, de acordo com a lista TOP500 (responsável por classificar os 500 melhores sistemas computacionais do mundo, cuja última edição foi lançada em novembro de 2024).

Ele ocupa, hoje, a posição 39 da lista, e é considerado o mais eficiente de toda a América Latina. Trata-se do supercomputador Santos Dumont, localizado no Laboratório Nacional de Computação Científica (o LNCC) e usado para fomentar pesquisas científicas, descobertas e soluções em áreas como saúde, agronegócio e sustentabilidade, nota o diretor do LNCC, Fábio Borges, ouvido pela Agência Gov.

Posição ascendente
Em 2022, o supercomputador brasileiro ainda ocupava a posição 178 da lista TOP500: ascendeu meteoricamente para 39° em apenas 2 anos, graças a programas de atualização tecnológica financiados pelo governo e pela Petrobras.

O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) determina, além disso, programas setoriais de melhoria do supercomputador, que está em fase de pré-ligação e deve ser iniciado em janeiro de 2025 com novos sistemas de refrigeração e mobilidade.

Ele é capaz de realizar até 20 quatrilhões de operações por segundo (com capacidade quadruplicada desde sua última atualização), e recebeu um investimento de US$ 19,4 milhões a partir do projeto de cooperação com a Petrobras que adquiriu novos equipamentos desenvolvidos pela empresa Eviden.

O Santos Dumont foi usado, durante a pandemia de COVID-19, entre 2020 e 2022, para estudos estratégicos de substâncias farmacológicas e bases moleculares. Atualmente, o supercomputador, que opera na base em Petrópolis, também se dedica a análises genômicas para a identificação de mutações somáticas e germinativas associadas ao câncer, conforme narra a CNN.

Essa espécie de tecnologia facilita o desenvolvimento de terapias para o combate de doenças mutativas. Recentemente, uma vacina para o câncer desenvolvida pela Rússia foi altamente viabilizada pelo uso de sistemas de inteligência artificial que reduziram o processo de criação de RNAs mensageiros sintéticos para o combate a células tumorais para até 1 hora.

FONTE: REVISTA FÓRUM

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