Desigualdade salarial persiste, e mulheres ainda ganham 20,9% menos do que colegas homens

Crédito: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Se as mulheres ganhassem o mesmo salário que os colegas homens, a economia brasileira contaria com mais R$ 95 bilhões
O Relatório de Transparência e Igualdade Salarial do Ministério do Trabalho, divulgado nesta segunda-feira (7), apontou que a desigualdade de gênero persiste no mercado de trabalho: as brasileiras ganham 20,9% menos em comparação aos homens empregados no mesmo setor, apesar da Lei de Igualdade Salarial aprovada em 2023.
Para chegar a tal conclusão, o levantamento considerou a situação de 19 milhões de trabalhadores, de mais de 53 mil empresas com 100 ou mais empregados.
O Ministério do Trabalho estimou ainda que, se as mulheres ganhassem o mesmo salário que os colegas homens, a economia brasileira contaria com mais R$ 95 bilhões.
A situação é ainda mais grave entre as mulheres negras, que recebem, em média, R$ 2.864,39 – valor que representa 27,4% a menos que os homens negros, cuja renda gira em torno de R$ 3.647,97.
Em relação aos homens não negros, a disparidade é ainda maior. Eles recebem, em média, R$ 6.033,15.
Outras conclusões:
-Mulheres em cargos de direção e gerência recebem 73,2% da remuneração dos homens nos mesmos cargos;
-Mulheres com nível superior ganham o equivalente a 79,8% do salário dos homens na mesma posição.
Ainda que o cenário pareça estagnado, o relatório apontou que a participação das mulheres no mercado de trabalho passou de 38,8 milhões para 44,8 milhões desde 2015.
O total de mulheres negras no mercado de trabalho também aumentou entre 2023 (3.254.272) e 2024 (3.848.760).
FONTE: JORNAL GGN