É hora do MCTI deslanchar, por Luís Nassif

MCTI
Para um projeto de desenvolvimento inclusivo, os setores estratégicos são a agricultura, saúde, desenvolvimento sustentável e educação.
Finalmente, foi entregue ao Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) o “Livro Violeta – Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil justo, sustentável e desenvolvido”, que juntou insights, propostas e recomendações do mundo acadêmico e de pesquisa, apresentados na 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. O livro deverá fornecer as bases de uma estratégia para o setor.
Os principais objetivos de uma política científico-tecnológica são:
- Crescimento inclusivo: priorizar soluções baseadas na ciência para combater a desigualdade, a pobreza e a fome.
- Desenvolvimento Sustentável: com foco na mitigação das mudanças climáticas, na transição energética e no uso sustentável dos recursos naturais.
- Avanço tecnológico: promover a transformação digital, o desenvolvimento de IA e maior competitividade em setores estratégicos.
Um dos temas discutidos na %a CNCTI foi a neoindustrialização, a necessidade de uma nova política industrial que alavanque CT&I para aumentar a competitividade do Brasil na economia global. Isso inclui a definição dos setores-cheve, como biotecnologia, nanotecnologia e energia renovável.
Propõe também a promoção da inovação tanto em indústrias tradicionais quanto em setores emergentes. E a a colaboração entre universidades, instituições de pesquisa e o setor privado.
Para um projeto de desenvolvimento inclusivo, os setores estratégicos são a agricultura, saúde, desenvolvimento sustentável e educação.
Mas não se pode abrir mão da cooperação internacional, através de três prioridades:
- Fortalecimento da parceria , com outros países – especialmente aqueles do Sul Global.
- Promover a mobilidade de pesquisadores e o intercâmbio de conhecimento e experiência.
- Participar de iniciativas globais e enfrentar desafios compartilhados.
Outro desafio é a Educação, Comunicação e Engajamento Público. Papel crítico será desempenhado pela educação científica e do alcance público na promoção de uma cidadania cientificamente alfabetizada e na promoção do suporte para CT&I.
Isso abrange:
- Melhorar a educação científica em todos os níveis, do ensino fundamental ao ensino superior. É só lembrar que a China introduziu a matéria de Inteligência Artificial em todo sistema educacional.
- Promover a conscientização pública sobre ciência e tecnologia por meio de vários canais de mídia.
- Envolver cidadãos na pesquisa científica por meio de iniciativas de ciência cidadã.
- Ciência e Sociedade : Articulando a importância de um forte relacionamento entre ciência e sociedade e defendendo um maior envolvimento público na tomada de decisões científicas.
O próximo desafio será o MCTI transformar as recomendações em políticas públicas.
FONTE: JORNAL GGN