Notícias

Inflação desacelera em todas as faixas de renda, segundo Ipea

16 de abril de 2024

Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

Enquanto índice para famílias de renda muito baixa atingiu 0,22%, percentual para faixa de renda alta subiu 0,05%

A inflação apresentou uma expressiva desaceleração em todas as faixas de renda no mês de março, segundo cálculos efetuados pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

O índice que calcula a inflação por faixa de renda destaca o alívio registrado pelas famílias de renda alta, onde a taxa passou de 0,83% em fevereiro para 0,05% em março.

A queda foi menos intensa entre as famílias de renda muito baixa, com a taxa de inflação recuando de 0,78% para 0,22% entre fevereiro e março.

No acumulado em 12 meses até março, as famílias de renda muito baixa seguem apresentando a menor taxa de inflação (3,25%), enquanto a faixa de renda alta registra a taxa mais elevada (4,77%).

Alimentação segue puxando preços

De acordo com o Ipea, o grupo alimentação e bebidas se manteve como o principal foco de pressão inflacionária para as famílias de renda baixa e média.

Apesar das deflações dos cereais (-0,42%) e carnes (-0,94%), os reajustes dos tubérculos (0,42%), das frutas (3,8%), das aves e ovos (1,7%) e dos leites e derivados (0,74%) explicam a alta dos preços dos alimentos no domicílio em março.

De forma mais branda, o grupo saúde e cuidados pessoais afetou a inflação por conta dos reajustes dos planos de saúde e dos medicamentos, com altas de 0,77% e 0,52%, respectivamente.

Por outro lado, a deflação registrada pelo grupo de transportes gerou uma contribuição negativa para a inflação de março: a queda das tarifas de trem (-0,19%) e do gás veicular (-0,20%) proporcionou alívio inflacionário para os segmentos de renda baixa e média, enquanto o recuo de 9,1% dos preços das passagens aéreas e de 0,20% dos itens relacionados a veículo próprio apresentou uma descompressão ainda mais significativa para a faixa de renda alta.

Na comparação com março de 2023, todas as faixas de renda registraram um forte recuo da inflação, impactadas principalmente pelo desempenho dos grupos habitação e transportes.

No caso da habitação, a influência veio da alta bem menos expressiva das tarifas de energia elétrica em 2024 (0,12%) quando comparadas com 2023 (2,2%).

Para o grupo transportes, a descompressão inflacionária veio da deflação mais intensa das tarifas de transporte público, cuja queda de 1,8% este ano foi superior à apurada no ano anterior (-0,34%), além da alta menos expressiva dos combustíveis (0,17%) em relação a março de 2023 (7,0%).

FONTE: JORNAL GGN

Cadastre-se e receba e-mail com notícias do SINDPD