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Do espaço para o seu dispositivo: Como funciona a internet via satélite

10 de julho de 2023

Satélite em volta da terra. Créditos: PIRO4D/pixabay

Descubra como a conexão satelital liga você ao mundo além das fronteiras terrestres

A conectividade é um aspecto fundamental do mundo moderno, e a internet se tornou uma parte essencial de nossas vidas cotidianas. No entanto, nem todos os lugares têm acesso fácil à infraestrutura terrestre necessária para conexões de alta velocidade. É aí que a internet via satélite entra em cena, oferecendo uma alternativa viável para conectar pessoas em áreas remotas ou mal atendidas. 

Diferentemente das conexões tradicionais, como cabo ou fibra óptica, a internet via satélite utiliza uma rede de satélites em órbita da Terra para transmitir e receber dados. Esses satélites são posicionados em órbitas específicas ao redor do planeta, conhecidas como órbitas geoestacionárias ou órbitas de baixa órbita (LEO, na sigla em inglês). Os satélites em órbitas geoestacionárias permanecem fixos em relação à superfície da Terra, permitindo uma cobertura ampla e estável em uma determinada região. Já os satélites LEO são posicionados mais perto da Terra e oferecem vantagens significativas em termos de latência, velocidade e capacidade de cobertura global.

O processo de funcionamento da internet via satélite começa com o envio de dados de um dispositivo, como um computador ou smartphone, para um provedor de serviços de internet via satélite. O dispositivo se comunica com uma antena parabólica, também conhecida como terminal do usuário, que é instalada no local do usuário. A antena parabólica recebe o sinal do satélite correspondente e transmite os dados para o dispositivo do usuário. Da mesma forma, quando o usuário envia uma solicitação ou qualquer outra informação para a internet, a antena parabólica capta os dados e os envia de volta para o satélite, que os redireciona para o provedor de internet.

Embora a internet via satélite ofereça uma solução valiosa para áreas remotas, existem desafios técnicos a serem superados. A latência é um deles, pois os dados precisam percorrer longas distâncias entre o dispositivo do usuário e o satélite em órbita antes de retornar novamente. Isso geralmente resulta em um pequeno atraso na comunicação em comparação com as conexões terrestres. No entanto, com os avanços tecnológicos recentes, como o projeto Starlink da SpaceX, a latência tem diminuído consideravelmente, proporcionando uma experiência de internet mais próxima das conexões tradicionais.

Outro desafio é a capacidade limitada dos satélites para transmitir dados. A largura de banda disponível é compartilhada entre os usuários e pode levar a congestionamentos em áreas de alta demanda, resultando em velocidades de internet mais lentas. Para mitigar esse problema, empresas estão lançando constelações de satélites em órbitas LEO, como é o caso do projeto Starlink, que visa fornecer uma rede global de alta velocidade e baixa latência.

O serviço de internet satelital tem o potencial de conectar pessoas em todo o mundo, levando a conectividade para áreas rurais, regiões remotas, navios e aeronaves. Além disso, essa tecnologia tem um papel significativo na prestação de serviços essenciais, como saúde, educação e informações em áreas onde a infraestrutura terrestre é limitada. À medida que a tecnologia avança e mais satélites são lançados, a internet via satélite continuará a evoluir e a se tornar uma opção ainda mais acessível e confiável para conectar o mundo.

A internet via satélite é uma conquista notável da engenharia moderna, abrindo novas possibilidades de conectividade global. Embora os desafios permaneçam, os avanços contínuos na tecnologia estão tornando essa opção cada vez mais eficiente e acessível. Agora, mais do que nunca, a conexão via satélite está transformando vidas e abrindo portas para um mundo mais conectado.

Fonte: Revista Fórum

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