Um dos destaques do encontro foi a participação de representantes de duas autarquias: Anvisa e Banco Central

Buscando o fortalecimento de uma postura ética dentro da administração pública, o Serpro sediou a 161ª Reunião do Fórum Nacional de Gestão da Ética nas Estatais. O encontro aconteceu na sede da empresa pública, na última quinta-feira, 27, e reuniu representantes de diversas entidades do governo. Um dos destaques desse ano foi a expansão do fórum, que passou a reunir outros participantes da administração pública, além das estatais. Nessa última reunião, já tomaram parte membros de comitês de ética de duas autarquias, a Anvisa e o Banco Central.

“É uma jornada de discussão de temas de extrema relevância, com valores e posturas fundamentais para a transformação do Estado brasileiro”, anunciou o presidente do Serpro Alexandre Amorim. Segundo Amorim, na administração pública, o compromisso ético vai muito além do simples cumprimento de normas. “É um compromisso de cada indivíduo e também um processo educacional, que se constrói com muito diálogo para buscar convergências, promovendo a formação de todos os agentes”, completou.

Além das estatais

Já o Coordenador do Fórum de Ética das Estatais, Leandro Ravache, celebrou o fato de que o encontro já está tendo influência além das estatais, despertando interesse em órgãos da administração direta. “Esse fórum ganhou tamanha legitimidade, que já saiu dos muros das estatais e começa a ter a sua zona de influência na administração pública como um todo. Somos todos representantes do Estado brasileiro, cada um em suas atribuições funcionais”, relatou Ravache.

Larissa Baldez, membro da Comissão de Ética da Anvisa, explicou que a autarquia é pioneira na participação do fórum das estatais. “Temos uma atuação que já acontece há algum tempo. A ideia agora é que a Anvisa também traga outras agências reguladoras para o fórum. Já nos reunimos com várias, buscando esse entendimento de uma atuação e comprometimento da administração pública como um todo com questões relacionadas a ética, integridade e compliance”, explicou.

Da mesma forma, o Banco Central também já, há alguns anos, vem acompanhando as reuniões do fórum. “Não participávamos formalmente apenas por questões de arranjo institucional. O convite a outros órgãos favorece a diversidade de perfis e enriquece as discussões do fórum. Trata-se de um ambiente muito rico, com uma agenda tratada com muito carinho e discussões que se mostram frutíferas. Voltamos sempre com um aprendizado novo”, disse Eduardo Melo, Secretário Substituto da Comissão de Ética do Bacen.

Equidade, diversidade e inclusão

Representantes do Comitê Equidade, Diversidade e Inclusão do Serpro apresentaram as experiências da empresa. “O Serpro hoje possui uma política de inclusão que trata de espectro muito amplo de assuntos que envolvem, por exemplo, gênero, raça, LGBTQIA+, 50+ (já que mais da metade da empresa hoje já tem mais de cinquenta anos), neurodiversidade e pessoas com deficiência. Queremos nos tornar referência no setor público e contribuir para a construção de uma empresa acolhedora, que entende cada um com suas particularidades”, explicou Thaís Argolo, gerente da Divisão de Gestão da Responsabilidade Social Empresarial do Serpro.

Dentre outras ações, o Serpro promoveu um treinamento, aos gerentes da empresa, sobre diversidade e vieses inconscientes, elaborou um painel de indicadores sobre saúde mental, fez uma pesquisa para apurar as necessidades dos empregados portadores de deficiência e criou uma comunidade para reunir experiências relativas a neurodiversidade. Em andamento estão planos para aumentar a participação das mulheres na empresa, desde a entrada até os cargos de gerência, além do lançamento do Congresso Serpro de Diversidade.

Fonte: Serpro