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Foguete da SpaceX deve chegar a Júpiter em 2030 para investigar condições de habitabilidade

15 de outubro de 2024

FOTO: Rover da NASA. Créditos: NASA

O projeto da NASA vai mobilizar US$5,2 bilhões para enviar um foguete da SpaceX a lua de Júpiter descoberta por Galileu Galilei para observar registros hídricos

Uma das luas descobertas por Galileu Galilei em 1610, a Europa está na órbita do planeta Júpiter, a aproximadamente 670.900 km do planeta e a 778 milhões de quilômetros da Terra.

É por isso que a missão da NASA, que deseja alcançar a lua para estudar suas condições físicas e bioquímicas de habilitabilidade (a presença de condições necessárias à vida), vai custar caro: serão US$5,2 bilhões investidos na missão, que vai contar com um foguete da SpaceX, Falcon Heavy, para o lançamento.

A Europa Clipper tem como objetivo investigar a superfície dessa lua de Júpiter, considerada uma das melhores candidatas à vida fora da Terra por contar com água líquida oceânica (apesar de estar escondida sob uma densa crosta de gelo).

Para isso, a estrutura deve realizar sobrevoos sobre a superfície da lua, a fim de entender como funcionam seu campo magnético e suas estruturas geológicas. Os principais alvos da missão são:

Analisar ambiente habitável do satélite, com foco na possibilidade de vida microbiana;
Estudar o oceano subterrâneo da lua, que pode indicar a presença de água capaz de abrigar a vida;
Analisar a composição da sua superfície, incluindo possíveis sinais de moléculas orgânicas;
Entender a atividade geológica existente na região.
O instrumento usado para a missão vai ser a espaçonave Clipper, com seis toneladas e painéis solares de 22 metros de extensão. A nave é composta por câmeras, radares, sistemas avançados de comunicação a rádio e espectrômetros, todos destinados a capturar detalhes da lua com alta precisão.

Lançada a partir do Centro Espacial Kennedy, localizado na Flórida, a Clipper da NASA só deve alcançar órbita de Júpiter em abril de 2030 — e não deve viajar diretamente para o planeta.

Ao invés disso, para diminuir o tempo e alcançar velocidade, ela deve utilizar manobras assistidas pela gravidade (“sobrevoos”) de planetas como Marte e a própria Terra, a fim de ganhar impulso, economizar combustível e acelerar o processo.

Além disso, as forças gravitacionais de Júpiter e a extrema radiação exigem cuidados para a proteção da sonda e a coleta correta de dados.

FONTE: REVISTA FÓRUM

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