NOTA DE REPÚDIO REFERENTE A FREQUÊNCIA FLEXÍVEL NA DATAPREV

REPRODUÇÃO
Os trabalhadores da Dataprev receberam com indignação a matéria “Funcionários da Dataprev descumprem registro de presença em ambiente híbrido de trabalho, publicado no portal Capital Digital, no dia 21 de maio de 2024.
O tom da matéria acima e os comunicados frequentes enviados pela Direção da Dataprev são sempre desrespeitosos com os trabalhadores, como se houvesse “uma turma na empresa que não quer nunca mais sair do home office e agora não quer bater ponto”. É assim que está sendo difamado o corpo funcional que tem trabalhado duramente para manter todos os serviços e sistemas à disposição da população.
Claramente, seguimos enfrentando um discurso privatista que tenta queimar a imagem da empresa perante à sociedade e os seus clientes.
E, se querem chamar isso de notícia, então poderemos classificar como Fake News com todos os prejuízos que elas trazem.
Afinal, ouvimos vários relatos de colegas que estão preenchendo o controle de frequência de acordo com todas as normas vigentes e, ainda assim, foram indevidamente cobrados pela empresa com ameaças desproporcionais.
Assim, como foi dito no GT Teletrabalho, cobramos que a empresa gerencie adequadamente os seus processos. É preciso fazer relatórios com o máximo de precisão para evitar a apuração de números incorretos e espalhafatosos. É preciso conversar pontualmente com os empregados que eventualmente não estejam seguindo as normas e processos da empresa. Orientar e cobrar. Com amplo processo de defesa e contraditório. E sem exposições indevidas.
Não queremos um formulário genérico e frio onde parecemos estar nos defendendo da Matrix ou da IA (Inteligência Artificial). Queremos conversas individuais como pessoas humanas merecem.
É preciso prover os equipamentos mínimos necessários para o desenvolvimento do trabalho, como fones de ouvido. É preciso melhorar absurdamente a velocidade da rede para que possamos desempenhar um trabalho de excelência. Sem contar a água sempre quente e o café de péssima qualidade.
Já completamos 7 meses de um retorno traumático e unilateral aos prédios da empresa. Foram centenas de processos judiciais, dezenas de colegas afastados por problemas de saúde, principalmente mentais, além de dezenas de funcionários de altíssima competência técnica que optaram por deixar a empresa, levando décadas de conhecimento na bagagem.
Arcamos com todos os prejuízos financeiros do retorno. Sem contar o maior tempo a serviço da empresa e mais exposição aos riscos decorrentes dos trajetos diários.
A promessa era que, após a volta, seria possível melhorar o tal “Frankestein híbrido”. Pois bem, a única melhoria que vimos após 7 meses foi um controle de frequência implantado às pressas e que agora a própria empresa admite não estar funcionando, associado ao problema da comunicação inadequada com relatórios imprecisos feita pela empresa, enviando cartas de retaliação sem a conferência, prejudicando funcionários que fizeram registro de presença devidamente.
Os trabalhadores exigem com urgência uma medida mínima que seja a flexibilização dos dias no escritório, a fim de amenizar a difícil situação de muitos.
Queremos diminuir a quantidade de dias que passamos nos escritórios, pois isso nos traz grandes impactos às finanças e à saúde, não obstante, queremos reposição salarial pelas perdas decorrentes da volta aos escritórios com os mesmos salários de antes.
Queremos respeito!
Representação dos Trabalhadores do GT de Teletrabalho da Dataprev.
Fonte: Sindpd DF