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Como montar políticas sociais com energia eólica e solar, por Luís Nassif

17 de maio de 2024

REPRODUÇÃO

É uma ideia bem simples, que cairia como uma luva no Ministério dos Direitos Humanos e da Reforma Agrária.

O modelo abaixo ouvi em um seminário na Cemig, vindo de um consórcio popular do norte de Minas Gerais.

O princípio é simples. Energia solar e, principalmente a eólica, exigem terras em áreas tropicais. Essa busca de locais favoráveis levou a um jogo pesado de especulação imobiliária ou de ocupação de terras antes desvalorizadas.

Anos atrás, denunciei aqui a exploração que a Globo fez sobre o caso das adoções em Monte Santo (BA).

O Tribunal de Justiça da Bahia aproveitou para afastar da comarca um juiz sério, que buscava o bem estar de crianças, acusando-o de comercializar crianças. Foi um dos episódios mais infames da história da imprensa – e do Judiciário -, equiparável ao caso Escola Base. O TJBA se aproveitou da campanha e afastou o juiz, mas por outras razões: ele estava impedindo a atuação de quadrilhas, que queria se apropriar de terras de terceiros.

Anos mais tarde, aliás, houve intervenção do Conselho Nacional de Justiça no TJBA, justamente pela descoberta desses vínculos, levando à denúncia de vários desembargadores.

O que a cooperativa de Minas propunha era simples. Primeiro, mapear as áreas favoráveis à energia solar e eólica. Depois, definir um contrato padrão pelo qual empresas pudessem alugar o terreno dos proprietários originais. O aluguel serviria para sustentar as despesas da propriedade, permitindo aos pequenos agricultores investir em novas culturas.

É uma ideia simples, que cairia como uma luva no Ministério dos Direitos Humanos e da Reforma Agrária.

FONTE: JORNAL GGN

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