Há poucos dias, foi divulgado que a diretoria da empresa foi beneficiada com o reajuste de 15% na sua remuneração em abril/2024, e somados os últimos 3 anos, chegou a 30%. Inicialmente, o argumento era de que não havia reajuste há 3 anos. Mas verificamos que as tais “perdas” se deram no governo passado, e que a atual direção já havia sido agraciada com percentuais maiores do que o INPC/IPCA em 2023. Na última segunda-feira, a empresa voltou a justificar, em nota, que não havia incremento na remuneração desde 2019, uma grande inverdade. Quanto mais explica, mais se complica!

Na comparação da diretoria da empresa para justificar o gigantesco aumento em sua remuneração, listou a Casa da Moeda, Engea, Finep e ABGF (empresas públicas ligadas ao Ministério da Fazenda), e a Eletronuclear, que é mista. Usou dois pesos e duas medidas. Em 2024, quando apresentamos um estudo comparativo do DIEESE que mostrava que o SERPRO pagava um valor de tíquete menor do que outras estatais, a empresa argumentou que o valor estava bom e que, segundo a CGPAR 52/SEST, deveríamos nos comparar com o setor privado. O SERPRO se “esforçou” em buscar os valores das piores empresas privadas, como a STEFANINI, para traçar um paralelo conosco. Chegou a levar esse comparativo rídiculo para a mediação no TST (Tribunal Superior do Trabalho).

Já em relação ao Plano de Saúde, que a CGPAR 52 permite até 70% de participação da empresa, até agora o SERPRO, passando por cima do compromisso feito na audiência de conciliação do TST na greve de 2024, só contribui com 40%.

Terceirização/subcontratação, uma decisão que pode levar à perda da inteligência da empresa. A solução CORRETA é chamar os concursados!

No dia 29 de maio, a empresa fez uma palestra no auditório da sede para propagandear as pretensas maravilhas da tal subcontratação, que é a velha e surrada terceirização dos serviços, inclusive de REQUISITOS. Dois dias depois, o coordenador do grupo da subcontratação no SERPRO esteve em Porto Alegre e voltou ao assunto. Vários colegas e a representação do Sindppd/RS fizeram críticas importantes apontando graves riscos, inclusive de perda da inteligência da empresa devido ao possível repasse dos requisitos. Também lembraram que vai sobrar para os trabalhadores do SERPRO, que precisarão consertar os erros que virão das empresas terceiras, as quais não conhecem o negócio da nossa empresa. Enquanto isso, tem mais de 400 trabalhadores concursados na fila esperando serem chamados.

A direção do SERPRO fez, na sexta-feira (6/06), mais uma “declaração de guerra” em meio à campanha salarial ao noticiar, no Primeira Leitura, uma série de medidas de corte de gastos, INCLUINDO O PLANO DE SAÚDE, que já está sendo um fardo para os trabalhadores por conta dos altos custos. Até quando a direção do SERPRO vai tratar seus trabalhadores com desrespeito?

Nesta 5ª feira, 12 de junho, vai ter paralisação nacional com sala meet no Zoom para todos e todas. Participe!

O SERPRO cancelou a reunião de negociação do dia 13 de julho, mas as mobilizações estão mantidas!

PARALISAÇÃO DE TURNO DAS PESSOAS TRABALHADORAS DO SERPRO – Campanha Salarial 2025/2026
Dia: 12 de junho
Horário: das 9h às 12h, com sala zoom nacional

NOSSAS PRINCIPAIS REIVINDICAÇÕES:
— Aumento da contribuição da empresa no plano de saúde para 70%;
— Retomar os direitos dos novos concursados;
— Reposição nos salários e benefícios;
— Conjunto da pauta de reivindicações.

Sindppd/RS e Sindpd/SC/FNI, FENADADOS e sindicatos filiados

Fonte: reprodução Fenadados.