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Produzir nutrientes no espaço? Naves autônomas? Veja os principais feitos da NASA em 2024

27 de dezembro de 2024

Sede da NASA. Créditos: Pixabay

Os destaques da NASA incluem missões espaciais bem-sucedidas, avanços nas tecnologias de análise de dados para reproduzir propriedades de organismos no espaço e até drones entregadores

Em 2024, o Centro de Pesquisas Ames da NASA no Vale do Silício completa seu 85° ano de idade. Agora, a agência espacial norte-americana reúne em um artigo seus principais feitos do ano, que incluem missões espaciais bem-sucedidas, avanços nas tecnologias de análise de dados para reproduzir propriedades de organismos no espaço e até drones entregadores.

Vejas os destaques.

  1. Sucesso das “naves autônomas”
    Após dez meses em órbita, as aeronaves da missão Starling, da NASA, completaram seu objetivo principal: utilizar uma rede de navegação autônoma para transitar pela órbita da Terra, gerenciar experimentos científicos e executar manobras de resposta a mudanças ambientais sem nenhum tipo de “auxílio” terrestre.

Esse “enxame” de naves, que funcionam como organismos próprios, foi desenvolvido pelo centro de pesquisa Ames, da NASA, localizado no Vale do Silício, e foi o primeiro a “distribuir e operar dados de forma autônoma”, com um sistema de bordo capaz de reagir rapidamente a mudanças observadas em análises científicas, informou a agência.

O sistema da Starling, “Formation-Flying Optical Experiment” (StarFOX), usa rastreadores de estrelas para reconhecer os membros de seu “enxame”, além de satélites, detritos espaciais e outros elementos presentes no seu entorno. Em seguida, o sistema estima a posição e a velocidade de cada aeronave, sendo capaz de compartilhar observações entre as espaçonaves e melhorar, assim, a precisão de cada membro do “enxame” em órbita.

“A equipe do experimento demonstrou com sucesso a capacidade do sistema de determinar e planejar uma mudança na órbita”, disse um comunicado da NASA de maio de 2024.

“O projeto explora como constelações operadas por diferentes usuários podem compartilhar informações por meio de um hub terrestre para evitar possíveis colisões”.

  1. Alimentar astronautas com microrganismos no espaço
    Em 2024, um experimento da NASA, denominado BioNutrients, entra no seu quinto ano de desenvolvimento. Ele se dedica a entender como é possível produzir nutrientes necessários à vida fora da Terra, usando microrganismos para estimular a produção de substâncias que poderiam nutrir astronautas no espaço por anos.

Mas nem só no espaço: em áreas remotas da Terra em que não existam condições ideais para o plantio, a extração de frutos ou mesmo a presença de animais, a NASA quer tornar possível “cultivar microrganismos” para sobreviver.

Astronautas da Estação Espacial Internacional tiveram a tarefa de testar, ao longo de cinco anos, o projeto desenvolvido pelo Centro de Pesquisa da NASA no Silício, modificando organismos já presentes em alimentos (como as leveduras no fermento) para torná-los aptos no espaço.

“Os membros da tripulação da estação espacial realizarão testes em ambos os tipos de levedura periodicamente”, disse a NASA. “Isso vai permitir que os cientistas verifiquem por quanto tempo sua levedura modificada permanece boa na prateleira e é capaz de produzir nutrientes frescos que os humanos precisarão para se manter saudáveis no espaço”.

  1. Tecnologia de propulsão de foguetes usando uma “vela solar”
    “Assim como um veleiro é movido pelo vento em uma vela, as velas solares empregam a pressão da luz solar para gerar propulsão, eliminando a necessidade de propelente de foguete convencional”, diz o portal da Missão ACS3 da NASA.

A ACS3 é uma estrutura de “propulsão solar” desenvolvida com uma combinação de materiais com propriedades diversas capazes de gerar empuxo a partir de luz solar e, eventualmente, eliminar a necessidade de propelentes de foguete convencionais (combustíveis usado em veículos espaciais).

Isso poderia ter impactos significativos sobre o custo de lançamento e os impactos ambientais dos foguetes.

  1. Drones entregadores
    Se tudo der certo no centro de pesquisas da NASA no Vale do Silício, suas encomendas da internet podem passar a chegar em drones.

Em julho de 2024, o órgão de controle de aviação dos EUA (FAA) autorizou que diversas companhias aéreas pudessem empregar drones comerciais sem a necessidade de monitoramento constante, isto é, drones capazes de ir sozinhos ao seu destino para além da linha de visão (“Beyond Visual Line of Sight, BVLOS).

A NASA desenvolveu, então, uma série de tecnologias de sistemas não tripulados e de monitoramento aéreo a fim de possibilitar que os drones percorram grandes distâncias para chegar às áreas destinadas. Isso os coloca um passo mais perto de “entregar encomendas rotineiramente ao redor dos EUA”, informou a agência.

FONTE: REVISTA FÓRUM

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