ONG lançou detector antideepfakes acessível em todo o mundo e que ajuda a combater desinformação provocada por IA nas redes; conheça

Diante do crescente uso de fake news em campanhas políticas nos últimos anos, uma nova ferramenta promete equipar os usuários de redes sociais para identificar e combater a manipulação de vídeos em tempo real. A TrueMedia, organização sem fins lucrativos, disponibilizou em todo o mundo nesta quarta-feira (18), um detector de deepfakes gratuito. 

A ferramenta, lançada em antecipação às eleições presidenciais nos Estados Unidos, está disponível para usuários de diversas plataformas e regiões. O detector permite a análise de imagens provenientes de um amplo leque de redes sociais, tais como X, TikTok, Facebook, Instagram, Reddit, Mastodon e até a rede social de Trump, a Truth Social.  

De acordo com uma pesquisa feita em 2023 pela empresa russa Kaspersky, mais de 60% dos brasileiros ainda têm dificuldade de identificar uma deepfake. Um termo que combina ‘deep learning’ e ‘fake’, a técnica avançada de inteligência artificial se baseia em redes neurais para gerar vídeos falsos de alta qualidade. 

Através de GANs, a IA coleta e processa dados de expressões faciais e movimentos corporais de uma pessoa, criando vídeos nos quais essa pessoa parece dizer ou fazer coisas que nunca disse ou fez.

A pesquisa revelou ainda que a compreensão sobre deepfakes é similar entre os participantes de outros países latino-americanos. Peruanos (75%), mexicanos e chilenos (72%) demonstraram os menores níveis de conhecimento sobre o tema, seguidos por argentinos (67%), brasileiros e colombianos (63%).

A TrueMedia.org desmascarou deepfakes que tornaram proporções mundiais, como: a imagem falsa de agentes do Serviço Secreto na tentativa de assassinato de Trump; um falso apoio de Bollywood às eleições indianas de 2024; um áudio falso de um ministro ucraniano atribuído a um atentado; e identificou uma rede de 41 contas de IA que produziu milhares de vídeos deepfake em menos de um ano. 

A ferramenta está disponível neste link. Para utilizar é só digitar a URL da publicação com a suspeita de deepfake para verificação.

FONTE: REVISTA FÓRUM