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1º de maio: taxa de juros e inflação serão temas centrais no Dia do Trabalhador

30 de abril de 2024

Selic alta coloca severas restrições ao crescimento do país – Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Programa Central do Brasil entrevistou o sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Dieese

Mais da metade dos trabalhadores brasileiros estão com algum tipo de problema financeiro, segundo a pesquisa Saúde e Gestão, da fintech Onze, situação que impacta a saúde mental das pessoas. Alguns dados da economia são positivos: a renda média domiciliar per capita cresceu e o mercado de trabalho está mais aquecido em 2024, mas a inflação, que está em desaceleração, ainda é alta. A taxa de juros, apesar de estar em queda desde 2023, segue sendo alta.  Esses são alguns dos desafios e pautas em debate neste 1º de maio, Dia do Trabalhador e da Trabalhadora.

O sociólogo Clemente Ganz Lúcio, ex-diretor técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), concedeu entrevista ao programa Central do Brasil desta segunda-feira (29) e explicou porque a redução da taxa de juros é um tema tão importante para os trabalhadores: 

“O Brasil aplica ainda uma das maiores taxas de juros do planeta. Isso, em certa medida, é um freio muito grande a economia e coloca severas restrições ao crescimento. Solicitar e reivindicar a menor taxa de juros significa apoiar o crescimento econômico, a geração de emprego e ampliação da capacidade produtiva do país”.

A prévia do IPCA mostrou desaceleração da inflação. A taxa de 0,21% é a menor para abril desde 2020, quando a economia brasileira sentia os impactos da pandemia. Para Lúcio, a desaceleração é um bom sinal e dá um maior argumento para que a sociedade pressione o Banco Central a diminuir a taxa de juros.

“Nós caminhamos rapidamente para uma inflação acumulada em 12 meses menor do que 4%, nos aproximamos das metas que o Brasil adota e, portanto, sem a necessidade do Banco Central colocar um pé no freio tão severo como vem colocando na economia brasileira”, afirmou.

A entrevista completa está disponível na edição desta segunda-feira (29) do Central do Brasil, que está disponível no canal do Brasil de Fato no YouTube.

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Edição: Thalita Pires

FONTE: BRASIL DE FATO

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